Categoria: Jogos

A volta dos saldos altos – Resumo da quinta rodada da Segundona Candanga

Atlético Taguatinga, de camisa nova, reassumiu a liderança.

Atlético Taguatinga, de camisa nova, reassumiu a liderança.

Após os tropeços da semana passada as equipes de Atlético Taguatinga e Paranoá voltaram a espichar o saldo de gols e, com isso, voltaram a figurar na zona de classificação. Apesar disso a dupla não conseguiu se isolar e estão sendo seguidos de perto pela dupla de Planaltinas (do DF e de GO), que, apesar do empate entre as duas equipes estão ali, esperando um tropeço para pegar uma das vagas para a elite.

Ali no meio da tabela estão aqueles que almejam entrar nessa briga do topo. Até tem time para brigar por uma das vagas, mas tropeçaram quando não podiam e se afastaram do topo. Destaque para Guará e Bolamense, o primeiro perdeu um jogo contra um adversário teoricamente fácil (Capital) e se reabilitou na rodada seguinte (Botafogo-DF) enquanto o segundo chegou a estar na zona de acesso, porém perdeu duas seguidas para adversários diretos (Planaltina-DF e Taguatinga) e foi jogado para a sexta posição.

A briga pela elite não deve sair destes clubes, tendo os quatro do primeiro parágrafo como favoritos e os outros dois do segundo correndo por fora. Os demais devem ser relegados a cumprir tabela e isso inclui CFZ e Brazlândia, que venceram na última rodada e se aproximaram do bolo, mas quando ambos enfrentarem os favoritos a realidade deve voltar a bater a porta.

Em campo chamou a atenção não o bom futebol apresentado pelas equipes, mas o péssimo estado dos gramados utilizados, coisa que pelo visto teremos que ficar batendo na tecla a toda crônica escrita aqui. O Augustinho Lima em especial chamou bastante a atenção pelo fato de que os jogadores de Legião e Paranoá não conseguirem dar piques sem levantar bastante poeira.

Futebol de areia no Augustinho Lima.

Futebol de areia no Augustinho Lima.

Se serve de alento tivemos a boa notícia da reabertura do Abadião para a torcida, aliás, o estádio da Ceilândia virou um oásis na cidade: gramado impecável, festa nas arquibancadas… pra ficar melhor só falta construir um novo lance de arquibancadas na lateral dos bancos de reservas e transferir as tribunas para lá (como acontece nos estádios padrão Fifa).

Chegamos quase à metade do campeonato e tudo indica que a briga para jogar na elite em 2016 deve esquentar ainda mais, principalmente quando os ponteiros começarem a se enfrentar. Vai valer a pena aguardar pra conferir, diferente do que pensam os detratores do futebol da cidade, mas isso é assunto para outro post.

A dificuldade de se fazer prognósticos – Resumo da terceira rodada da Segundona Candanga

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Bruno, Gazito, Bahia e Alisson celebram a vitória e a liderança.

Após dois cinco a zero aplicados pelo Atlético Taguatinga os prognósticos apontavam para um percurso de campeonato sem grandes percalços numa segurança que lembraria a campanha do Samambaia na última edição do torneio, que foi conquistado pela equipe auriverde quase sem dificuldade. Brazlândia e Dom Pedro não foram páreo para o novo rubro-negro da cidade e colaboraram para que o até então líder abrisse um saldo de dez gols em apenas duas rodadas.

Enquanto isso o Guará, que tem feito uma bela campanha de divulgação do clube, chamando a cidade para empurrar o time rumo ao retorno à elite (do jeito que dá já que os portões continuam fechados para a torcida), ainda não havia mostrado a que veio. Jogou bem diante do mesmo Dom Pedro que seria goleado na semana seguinte, mas não soube aproveitar as oportunidades que teve e saiu com um empate sem gols. Aí no meio da semana veio o tropeço diante do Bolamense e o descrédito quanto ao sucesso do Lobo começaram a surgir.

Mas nada como uma vitória diante do líder para reforçar a auto-estima das pessoas. Apesar do domínio rubro-negro durante boa parte do jogo e o gol no início do segundo tempo o Guará buscou a virada e conquistou sua primeira virada na competição, que deve fornecer a confiança necessária ao elenco do jovem Pedro Granato para o restante da competição.

Com esta derrota do Taguatinga a liderança passou ao Planaltina-GO, que na manhã do mesmo dia marcou um gol relâmpago e segurou o placar (na verdade poderia ter saído com um placar mais elástico) até o final, se consolidando assim como a única equipe que continua 100% na competição, mostrando que o Tigre vem mesmo como um dos favoritos ao acesso. O Paranoá teve seu primeiro tropeço e seu jovem elenco já terá a oportunidade de se reabilitar diante do Dom Pedro, já que o jogo será mais ameno do que na partida do último domingo.

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Planaltina-GO x Paranoá

No sábado tivemos o único empate da rodada, entre Dom Pedro e Botafogo. O time dos bombeiros marcou um gol importante e tinha tudo pra sair com a vitória, mas vacilou no pênalti cometido que permitiu ao Alvinegro empatar a partida próximo de seu fim. A essa altura do campeonato já é possível afirmar que aparentemente ambos não terão grandes pretensões no certame.

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Dom Pedro x Botafogo-DF

Em outra partida mostrou-se a importância do entrosamento de uma equipe para o sucesso na competição. O Bolamense está disputando a competição com a base do Cruzeiro, que por mais que tenha feito uma campanha modesta na elite agora coloca o time grená na zona de acesso pois são jogadores que se conhecem e tem um tempo de preparação razoável. Isso fez diferença nos dois últimos dois jogos, onde venceu Guará e Brazlândia respectivamente, a conferir como a equipe se sai contra os demais postulantes diretos à vaga na primeira divisão do ano que vem.

Um deles, além dos que foram destacados acima é o Planaltina, que em seu retorno ao lar aproveitou bem as limitações do adversário e com a vitória voltou ao páreo ao vencer o CFZ pelo bom placar de 3 a 0, se recuperando do baque da derrota para o Taguatinga. Isso se mostra suficiente para deixar eletrizante o primeiro encontro entre as duas Planaltinas no futebol profissional que ocorrerá no próximo fim de semana.

Por fim o Clássico do Rock, sem o glamour de quando as duas equipes estavam em evidência (ambos foram recém rebaixados) mas com uma rivalidade de bastidores (os respectivos presidentes eram desafetos até pouco tempo atrás) o Legião se saiu melhor tanto no primeiro tempo onde houve um equilíbrio quanto no segundo onde, estando atrás no placar, o Capital pressionou atrás do prejuízo. Porém mesmo com a vitória a parada será duríssima caso o time laranja queira pretender alguma coisa no certame.

Aqui não há tempo de respirar, nesta quarta e quinta já começa a quarta rodada e as coisas começam a clarear ainda mais com relação a quem tem futuro na competição e quem vai passar a cumprir só tabela.

E o blog torce para que as partes responsáveis pela manutenção e liberação dos estádios se entendam urgentemente, pois os portões fechados vão matar o que resta do futebol profissional no DF. Polícia Militar? Bombeiros? Administrações Regionais? Federações? Clubes? Não interessa quem, mas alguém faça algo para que a torcida possa entrar e prestigiar o futebol local. Não subestimem a força do certame… senão é melhor se preparar para ter de cuidar de outro esporte na vida.

Ricardo Botelho/Ponto Marketing Esportivo

Sobre a campanha colorada na Copa Sul-Americana

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“Não tem futuro”, “Vai jogar só dois jogos”, “Vai ser goleado”, “Time sem série”, etc. Estes provavelmente fizeram parte de diversos comentários proferidos em referência a como seria a participação do Brasília na Copa Sul-Americana, primeira competição internacional a contar com um clube do Distrito Federal. Em resumo os críticos e céticos consideravam que o Colorado não seria páreo para ninguém, a ponto de jornalistas de outros estados se perguntarem “quem teria a sorte de pegar o Brasília”.

Por uma lado era compreensível tal análise, o Brasília disputa um campeonato que não tem nenhum representantes nas três principais divisões do Campeonato Brasileiro e garante a disputa da divisão inferior apenas para seu campeão – e nem isso o Brasília conseguiu pois foi vice por três anos consecutivos. Está sem divisão e não disputava uma partida profissional desde 2 de maio quando perdeu a final do Candangão para o Gama.

Mas quem acompanha futebol sabe que o Brasília não estava ali no gramado do estádio Bezerrão para enfrentar o Goiás por caridade da CBF ou da Conmebol. O time candango venceu a Copa Verde tendo que exterminar um fantasma por fase e levantou a taça após uma épica batalha contra o Paysandu. Ali mostrou sua faceta copeira para todo o Brasil.

Boa parte dos jogadores que disputaram a Sul-Americana estavam naquele 21 de abril de 2014. Querendo ou não o elenco mantinha uma base que, adicionadas umas peças aqui e uma ali, demonstrava uma constância incomum no futebol local, tão afeita a desmontes e remontes de elenco a cada temporada. Por conta disso o time do avião decolou e tem mantido, apesar de algumas turbulências, um voo em velocidade de cruzeiro.

O time começou essa saga diante do Goiás de uma forma um pouco amedrontada, meio que ainda tentando enfrentar o nervosismo pelo momento. Segurou bravamente o empate em um gramado que não colaborava para o bom desenvolvimento do futebol. Talvez as circunstâncias vencidas fizeram com que o Colorado fosse pra Goiânia e jogasse mais solto, mais em busca da vitória, o que fez com que ela viesse naturalmente construída em duas boas jogadas que surpreenderam o Goiás, que certamente estava ali achando que decidiria o jogo na hora que quisesse. Quando viu estava 2 a 0 para os visitantes e a reação se mostrou infrutífera.

Pronto, haviam sido dois jogos, mas já tinha sido o suficiente para todo o país reconhecer a qualidade do elenco vermelho. A passagem de fase fez com que muitos simpatizassem com o clube e torcessem para que o avião alçasse voos cada vez mais próximos da estratosfera. Havia quem já sonhava com confrontos diante do River Plate, atual campeão da Libertadores.

Aí veio o Atlético Paranaense, parada dura pelo fato de estar em uma fase atualmente melhor do que a do Esmeraldino. O jogo em Curitiba, apesar do predomínio do Furacão mostrou um Brasília que chegava bem no campo de ataque, mas que tinha dificuldades em efetuar boas finalizações. Em situações como a que se apresentavam acaba sendo o acaso a decidir o destino de uma partida: as divididas que tiraram Artur e Vitor Hugo e os mandaram para o hospital e, principalmente, o morrinho artilheiro que traiu Welder no gol rubro-negro acabaram sendo decisivos para a classificação dos paranaenses.

Chamou a atenção no jogo de volta no Mané Garrincha o esquema defensivo adotado pelo técnico Omar Feitosa. Segurou o ímpeto dos atacantes adversários, mas deixou o time lento e preso na marcação paranaense. Talvez com um pouco mais de ousadia, semelhante ao que ocorreu no Serra Dourada, o Brasília tivesse saído com uma vitória magra, mas o suficiente para empurrar a decisão para os pênaltis.

No torneio de tiro curto foram quatro jogos, uma vitória, dois empates e uma derrota. Dois gols marcados e um sofrido, ou seja, o Brasília ainda saiu com saldo positivo.

Mesmo tendo parado nas oitavas de final o Brasília saiu maior do que entrou, e conquistou ainda mais o torcedor do DF que se encontra ávida por futebol na arquibancada, longe da frieza da tela plana e do pay-per-view. Quanto ao time, com a grana que arrecadou na campanha, mantendo a base como de costume e selecionado boas peças de reposição seja na base seja investindo em promessas de outros clubes, se credencia como um dos favoritos a sair da fila e finalmente levantar seu nono Candangão. Se no papel isso se concretizará só o tempo irá dizer.

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A dor de mais um insucesso do futebol do DF

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A eliminação do Gama da Série D do Brasileirão com o empate sem gols contra o Botafogo-SP fechou o ano em que o Alviverde, excetuando a reconquista do título máximo do futebol do Distrito Federal, ficou marcado por desclassificações com requintes de crueldade. Na Copa São Paulo de Futebol Junior os meninos do Periquito fizeram excelente campanha, mas ficaram de fora da fase seguinte por conta dos cartões amarelos. Na Granada Cup, que só tinha dois jogos, os dois alviverdes do Centro-Oeste (o outro era o Goiás) terminaram com a mesma quantidade de pontos, mas o que decidiu o título a favor do Esmeraldino foi um cartão vermelho tomado por Dudu Gago no confronto entre as duas equipes.

Foi o mesmo roteiro no último domingo, onde ao fim do jogo o time candango e o paulista terminaram com a mesma pontuação, mas com a Pantera avançando na competição por ter três gols de saldo a mais do que o Periquito.

O fator que foi decisivo para a classificação de um e a eliminação de outro tem nome e sobrenome: Villa Nova Atlético Clube. O time mineiro terminou na última colocação geral da competição com apenas três pontos conquistados, oriundos de uma única vitória conquistada contra alguém que todos que estão lendo este texto sabem quem foi.

Enquanto isso o Botafogo quando recebeu o Villa em casa lhe aplicou um 5 a 1 sem dó nem piedade.

Insucessos na competição nacional que garante aos quatro primeiros um calendário completo para o ano seguinte viraram rotina para o futebol do Distrito Federal, que teve com último acesso de um clube local a dupla promoção de Brasiliense e Gama no já longínquo 2004 quando o primeiro subiu à Série A como campeão da B e o segundo subiu à B como vice da C. De lá pra cá ambos vieram ladeira abaixo e acabaram sem divisão.

Não preciso nem mencionar todos os outros times que tentaram seguir o mesmo caminho da dupla Verde-Amarela que não passaram sequer da primeira fase da divisão inferior do Futebol Brasileiro, virou meio que um tabu a conquista de um lugar ao sol no cenário nacional diante de tantos insucessos.

O exemplo do Gama evidenciou mais uma vez: não há margem para erros na Série D. Nenhum. Diferente do Candangão que você tem de dez a onze jogos para ganhar uma entre oito vagas, na Série D são só duas vagas, disputadas entre campeões estaduais de todo o país que se encontram em nível mais ou menos parelho, por isso os detalhes são tão mais importantes.

Percebam, não estou criticando a campanha do Gama, pois o time achou um bom jogador de frente (Jonatan Reis) que será de grande valia no ano que vem na busca pelo bi distrital. O time tinha lá suas falhas mas estava longe de ser ruim, tanto que se tivesse vencido o Villa jogaria contra o CRAC podendo alcançar a liderança para folgar descansado quanto às chances de classificação.

Não pode haver desmanche da base e jogar fora todo o planejamento construído no primeiro semestre que culminou com o título local. obviamente algumas peças, principalmente as contratações que não acrescentaram ao elenco como Luan e Carlos André. Alekito não agradou a torcida, mas por conta de seu histórico pode ser dada uma chance para que, entrosado com os demais, possa reencontrar seu bom futebol. No fim fica o registro de que os que chegaram não conseguiram suprir a ausência daqueles que saíram, principalmente Lenílson e Tiago Gaúcho.

Não sabemos ainda quem ganhará o Candangão ano que vem, mas seja lá quem for tem que investir na competição como se fosse a mais importante de sua vida, e cada jogador deve agir como dizia Neném Prancha: como se a bola fosse um prato de comida.

Ao Gama resta a oportunidade fazer boa campanha na Copa Verde de 2016 e buscar trilhar o caminho que o Brasília está seguindo nesse momento em que disputa a Sul-Americana e tem todos os holofotes apontados para si.

Mas não custa lembrar, inclusive a esse mesmo Brasília: Se a Série D é de tiro curto, a Copa Verde por ser mata-mata é de tiro curtíssimo.

Fica como maior herança de 2015 a saga da torcida alviverde para primeiro empurrar o time em busca do fim do jejum e depois para seguir o time em Xerém, Nova Lima, Catalão e Ribeirão Preto. Essa garra não pode esmorecer com o insucesso gamense e tem que permanecer no ano que vem, para que se consolide a idéia na cidade de que o DF tem sim futebol, independente do que se conquista ou não.

P.S.: O editor deste blog esteve muito ocupado no trabalho e pede desculpas aos leitores pelo atraso no texto.

Brasília: Campeão de juniores de 2015

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E as categorias de base do Brasília chegaram novamente ao título candango de juniores. No mesmo palco da última conquista (em cima do Capital em 2013) o Colorado bateu o Sobradinho por 1 a 0, gol do artilheiro Pedrinho, e deu a volta olímpica no gramado do estádio Abadião.

Em campo prevaleceu a cautela em ambas as equipes, que pouco se arriscavam a se abrir em busca do ataque. Tamanha precaução se refletiu no placar, que só foi mexido quando Pedrinho recebeu a bola dentro da área, sem chances de defesa para Johnny, goleiro do Leão da Serra. O autor do gol se igualou a Clovis (CFZ Saúde) e David (Brazlândia) e terminou o torneio na ponta da artilharia.

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A taça coroou uma das melhores campanhas do campeonato, com 10 vitórias, 1 empate e duas derrotas. Mostra também a força das categorias de base do Time do Avião nos últimos anos, reflexo disso é a conquista da Copa Agap na categoria juvenil (sub-17) também neste ano por parte do time.

Outras equipes que se destacaram neste torneio foram o vice-campeão Sobradinho (que junto com o Brasília representarão o DF na Copa São Paulo de Futebol Junior), bem como as equipes do Brazlândia, do Guará e do Bolamense.

A nota a se lamentar foi o modo como a boa equipe do Gama foi desclassificada do certame. A equipe alviverde era uma das favoritas para levar o título por conta da campanha que vinha desempenhando, porém a confusão ocorrida em seu CT no jogo contra o Guará que teve como ápice a agressão ao quarto árbitro por parte de um torcedor, fez com que o periquito fosse penalizado pelo TJD-DF e ficasse de fora das semifinais.

Findo o campeonato, cresce a expectativa para que os clubes reconheçam a importância da formação de novos atletas para a formação de suas equipes e que os craques que se destacaram possam enriquecer com qualidade os torneios profissionais. E que o Colorado e o Leão façam bonito nos gramados paulistas em 2016.

Fazendo contas para a última rodada

Placar Candangao 2015 11

Amanhã cinco jogos ocorrem simultaneamente pela derradeira rodada da primeira fase do Campeonato Brasiliense de 2015. Diferente de outros anos não haverá briga por vagas posto que todos os oito times que vão para o mata-mata estão definidos, restando aos mesmos brigar por melhorar sua posição na tabela visando a vantagem do empate nos possíveis confrontos.

A briga de foice mesmo está lá no fundo da tabela: Santa Maria (6), Cruzeiro (6) e Ceilandense (4) buscarão a vitória a todo custo para não terem que disputar a segunda divisão no ano que vem.

Analisaremos jogo a jogo:

Luziânia (4º lugar, 14 pontos, saldo 6)
X (Serra do Lago)
Ceilândia (5º lugar, 13 pontos, saldo 4)

Duelo do meio da tabela que possivelmente se repetirá nas quartas de final. O jogo no Serra do lago vale a vantagem do empate na próxima fase. O Luziânia tem feito uma boa campanha e imprimido goleadas em cima dos adversários mais fracos, mas quando pega times mais qualificados com o Ceilândia costuma se complicar. Jogo parelho que tudo indica que só vai se resolver na próxima fase.

Brasília (2º lugar, 18 pontos, saldo 7)
X (Abadião)
Santa Maria (9º lugar, 6 pontos, saldo -5)

Único time que pode tomar a liderança do Gama, o Brasília tem um confronto que se desenha fácil, pois seu adversário não conquistou nenhuma vitória (em campo) nesta competição. O que conspira contra o Colorado é a eliminação da Copa Verde no último domingo. Pelo lado Grená só a vitória interessa para não ter que depender dos outros para se manter na elite em 2016.

Gama (1º lugar, 20 pontos, saldo 6)
X (Bezerrão)
Cruzeiro (10º lugar, 6 pontos, saldo -7)

Duelo de extremos. O time de melhor campanha no campeonato contra um dos piores indica para um desfecho previsível – um treino de luxo para o Periquito. Mas o confronto com o atual lanterna Ceilandense (atual lanterna) mostrou para os alviverdes que não há espaço para cochilos neste campeonato, ainda mais porque o Carcará virá jogando pela vida para não sair da elite no mesmo ano que a disputou pela primeira vez.

Brasíliense (3º lugar, 16 pontos, saldo 5)
X (Serejão)
Paracatu (7º lugar, 12 pontos, saldo -2)

O Jacaré já não alcança mais o líder Gama, então luta apenas para passar o Brasília na tabela e ter mais vantagem nas próximas fases. É o mesmo que a Águia do Noroeste vêm buscar no Serejão: a possibilidade de uma melhor colocação passando Formosa e Ceilândia numa tacada só – poderia passar os dois times que jogam no Serra do Lago, mas pra isso teria que golear para recuperar saldo, o que parece bem improvável.

Sobradinho (8º lugar, 10 pontos, saldo -1)
X (Augustinho Lima)
Ceilandense (11º lugar, 4 pontos, saldo -10)

Falta ao Leão da Serra uma apresentação convincente no campeonato. Com a classificação garantida precisa fazer um bom resultado para tentar chegar pelo menos em sexto (dificilmente alcançaria o Ceilândia por causa do saldo) e empolgar a torcida pra que ela chegue junto no mata-mata. Já o tricolor faz o jogo de sua vida em 2015: precisa vencer e torcer para que tanto Santa Maria quanto Curzeiro percam seus jogos. Tarefa inglória.

Posto estes dados levem suas calculadoras para o estádio e acompanhem o desfecho da primeira fase amanhã a partir das 16h.

Pos. Equipe PG J V E D GP GC SG
Gama 20 9 6 2 1 10 4 6
Brasília 18 9 5 3 1 12 5 7
Brasiliense 16 9 4 4 1 13 8 5
Luziânia 14 9 4 2 3 14 8 6
Ceilândia 13 9 3 4 2 12 8 4
Formosa 13 10 3 4 3 9 12 -3
Paracatu 12 9 3 3 3 10 12 -2
Sobradinho 10 9 2 4 3 8 9 -1
Santa Maria 6 9 1 3 5 9 14 -5
10º Cruzeiro 6 9 1 3 5 6 13 -7
11º Ceilandense 4 9 0 4 5 6 16 -10

Gama e Goiás empatam, e time candango não tem mais chances de título na Granada Cup

e3395c65dd72cf601035be2002ba446cAssim como eu fiz uma brincadeira no post no qual explicava como funcionava a Granada Cup, aqui preciso complementar o vídeo que consta no meio do texto:

Pois foi isso que aconteceu ontem assim que o árbitro Rafael Diniz deu o apito final da partida entre Gama e Goiás, válida pela Granada Cup. O Alviverde Candango viu o saco de dinheiro com 100 mil dólares criar asas e sair voando.

O lance capital que decidiu os rumos da partida (e principalmente do torneio) aconteceu aos 18 minutos do primeiro tempo. O Gama cobrou um escanteio e a zaga goiana isolou a bola, que foi até o meio de campo ao encontro do atacante Erik, que se viu com todo o campo de ataque livre e que era marcado apenas pelo lateral Dudu Gago. O jogador gamense só viu uma saída para impedir que o seu adversário saísse em disparada sozinho em direção ao gol: o segurou para derrubá-lo. Como era o último homem foi expulso e deixou o time da casa com um a menos.

Porém mesmo com a desvantagem numérica o Gama conseguiu equilibrar a partida, e em uma investida de Galhardo pela direita ele efetuou longo cruzamento que alcançou Daniel Ferreira, que cabeceou alto e acertou o ângulo direito de Renan, colocando seu time em vantagem na partida.

A vantagem durou até o início do segundo tempo quando os jogadores do Goiás fizeram uma rápida triangulação na entrada da área adversária. A bola sobrou para Renan chutar e empatar a partida.

Baiano, conhecido por ser um exímio cobrador de faltas, teve três oportunidades de cobrança na entrada da área, contudo chutou todas rasteiro em cima da barreira. Apesar disto foi importante na construção de jogadas e na organização do meio de campo, demonstrando que será mesmo uma das peças chave do time ao longo do Candangão.

Ao final da partida ambos os times tinham quatro pontos, saldo de dois gols e três gols marcados, porém a expulsão gamense na partida foi o critério de desempate que tirou o time candango da disputa da Granada Cup. Pela segunda vez a quantidade de advertências foi decisiva para o insucesso do Gama em uma competição em 2015 (a primeira foi na Copa São Paulo de Futebol Junior).

Agora o Goiás aguarda o resultado de Shakhtar Donetsk e Cruzeiro para saber se levará a taça para casa. O esmeraldino só perde o título se o time ucraniano fizer três gols de diferença na partida.